Pense Bem desenvolve projeto piloto no Poty Velho para prevenir o AVC

Nazaré Nascimento sob os cuidados da enfermeira Mary Canuto. (Foto: Ascom Reabilitar)

Fraqueza, dormência, formigamento em partes do corpo, perda da fala, da visão e do equilíbrio são alguns dos sintomas do Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral.

A doença pode atingir pessoas em qualquer idade, de crianças a idosos, e tem como principais fatores de risco a pressão alta, diabetes não controlada, colesterol alto, obesidade, consumo excessivo de álcool, tabagismo, entre outros.

“O AVC é um caso de saúde pública e quanto mais trabalharmos na sua prevenção, menos teremos que nos preocupar com o seu tratamento, que é bastante oneroso para a família e o Estado”, afirma o médico Benjamim Pessoa Vale, idealizador do Projeto Pense Bem AVC no Piauí.

O projeto, coordenado por uma organização social, a Associação Reabilitar, em parceria com o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), atua com ações educativas, na comunidade e em instituições, visando tornar público a importância do cuidado com a saúde para evitar um AVC.

No bairro Poty Velho, na zona Norte da capital, o Pense Bem AVC realiza, voluntariamente, o atendimento e acompanhamento de 400 pessoas hipertensas e/ou diabéticas, por meio de uma parceria com a Estratégia Saúde da Família do bairro.

“Nós fazemos uma classificação do risco que essas pessoas têm de ter uma doença cerebral e cardiovascular nos próximos dez anos, entre elas, o AVC. Tendo esses dados em mãos, realizamos o acompanhamento e orientações periódicas”, explica Mary Canuto, enfermeira do projeto.

Segundo Mary Canuto, a ação faz parte de um projeto piloto que visa à diminuição do número de casos de AVC no Estado. “O nosso grande desejo é a implantação de um ambulatório de doenças cerebrovasculares no Piauí e, por meio dele, intensificar ainda mais o trabalho que realizamos, beneficiando cada vez mais pessoas”, acrescenta.

A aposentada Rosimar Costa, que tem 69 anos e mora no bairro há mais de 30, é uma das pessoas acompanhadas pelo projeto. “Todo mês eu venho medir a minha pressão, verifico meu peso e se estou fazendo tudo direito para não correr o risco de ter um AVC”, comenta.

Rosimar Costa é hipertensa, assim como a Nazaré Nascimento. “Preciso tomar medicamentos para controlar a minha pressão. Então venho a cada mês passar por uma nova avaliação”, explica a aposentada de 67 anos.


Texto: Cláudia Alves – Comunicação Reabilitar