Ação teve o objetivo de dar vazão à demanda reprimida no Centro por conta da pandemia
O Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), administrado pela Associação Reabilitar, realizou, na manhã deste sábado (4), um mutirão de atendimentos voltado aos pacientes que aguardavam avaliação dos profissionais para o início das reabilitações.
A ação envolveu uma equipe multiprofissional, com médicos, psicológos, psicopedagogos, arteterapeuta, educadores físicos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas dos segmentos adulto, aquática e infantil. Ao todo, 134 atendimentos foram realizados.
A pequena Paula Mayse Evangelista, de sete meses, foi uma das pacientes que passou pela avaliação no Centro. Segundo o pai, Paulo de Tarso Costa, ela nasceu com mielomeningocele e microcefalia, sendo necessária a reabilitação para ajudar no tratamento e desenvolvimento dos movimentos da menina.
“Estávamos há dois meses na fila e ela vai precisar de fisioterapia, consultas de nutrição e neurologia. Escolhemos o Ceir porque sabemos que é onde tem os melhores profissionais para suprir a necessidade da Mayse”, explica Paulo de Tarso.
O aposentado Valmiro Vieira, de 53 anos, também foi chamado para a avaliação. Cadeirante, ele teve as duas pernas amputadas por conta de diabetes e vê nas atividades de reabilitação do Ceir a possibilidade de ter uma melhor qualidade de vida.
“Eu vim aqui atrás de melhoria da minha saúde. E o Ceir é uma referência, sei que pode me ajudar neste momento em que estou precisando. Estou muito confiante e na esperança de que vou andar de novo”, ressalta Valmiro Vieira.
A diretora clínica do Ceir, Liceana Pádua, destaca que o mutirão foi necessário diante do acúmulo de demandas por conta da pandemia de covid-19, quando houve paralisação de atividades, seguindo orientações dos órgãos de saúde.
“Com a paralisação das atividades, no início da pandemia, houve uma demanda reprimida e nós sentimos que era necessário tomarmos providência para dar celeridade aos atendimentos. Dessa forma, com as avaliações feitas hoje, o início das terapias desses pacientes será mais rápido, pois quando surgirem as vagas para terapias, eles já não precisarão passar pelas avaliações e vão poder iniciar o tratamento imediatamente” conclui a diretora.